Barista curitibano é vencedor do campeonato nacional Coffee in Good Spirits

Barista curitibano é vencedor do campeonato nacional Coffee in Good Spirits

Léo Oliva, barista curitibano, vence o Coffee in Good Spirits e vai representar o Brasil no concurso mundial em Genebra, na Suíça.

 

Na próxima semana, no dia 14/abr, é o Dia Mundial do Café. Já entrando no clima, neste final de semana aconteceu a edição brasileira do Campeonato Coffee in Good Spirits 2025, que premia os baristas que criam os melhores drinks alcoólicos com café especial (“spirits”, em inglês, significa destilados).

O campeonato é organizado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais, a BSCA. O vencedor do concurso vai representar o Brasil na etapa mundial em Genebra, na Suíça, em junho deste ano. A edição de 2025 aconteceu de 4ª 6/abr em Florianópolis, no Shopping Oka Floripa.

 

Vencedores do Campeonato Coffee in Good Spirits 2025

Os baristas competidores tiveram 10 minutos para preparar dois drinks, quentes ou frios, com café especial e bebidas alcoólicas, sendo que um dos coquetéis deveria utilzar café espresso. Na etapa final os competidores apresentaram um coquetel, quente ou frio, e também um Irish Coffee (coquetel feito com whisky, café e creme). E sempre tinham que explicar o porquê de cada ingrediente e técnica utilizada em sua apresentação.

A avaliação do juri é feita levando em consideração o sensorial, a aparência, o profissionalismo, a inovação dos competidores, a técnica utilizada, a criatividade na mixologia e também o sabor do drink criado.

O grande vencedor da competição foi o barista curitibano Léo Oliva, que vai representar o Brasil em junho no campeonato mundial, em Genebra, na Suíça. Em 2024 Léo ficou em terceiro lugar, na sua primeira participação no concurso.

Em segundo lugar ficou Daniel Munari, proprietário do Royalty Café em Curitiba, que foi o vencedor do concurso no ano passado; e em terceiro, Emerson Nascimento, barista premiado em diversos concursos ao longo dos anos, ambos bicampeões do concurso.

Léo Oliva, vencedor do concurso (foto: Dargel Rodrigues)

 

 

Criatividade, pesquisa e treinamento – os passos e os coquetéis de Léo Oliva que venceram o Concurso

“Depois de ter ficado em terceiro lugar no ano passado no concurso, comecei a pensar no que poderia apresentar neste ano. Foi quando me surgiu a ideia de falar sobre algo que eu gosto, e resolvi falar sobre cachaça, que é uma dos meus destilados favoritos, dentro do universo do café” conta Léo Oliva, o grande vencedor do Coffee in Good Spirits. “Comecei a pesquisar formas de contar essa história dentro do regulamento. Fazer o Irish Coffee foi um grande desafio – como falar sobre cachaça em uma bebida em que é obrigatório usar whisky?

Criatividade e planejamento não faltaram para o barista, que estudou o tema e planejou os coqueteis desde o ano passado, e treinou durante um mês inteiro. Na sua apresentação, Leo fez uma correlação entre os meios de produção da cachaça dentro do café – cada um dos três coquetéis apresentados falava sobre uma das etapas da produção.

(foto: Dargel Rodrigues)

 

- 1º coquetel (frio), com tema Fermentação da Cana: Léo utilizou um blend de fermentados – Hidromel de cáscara (fermentado de mel com casca de café) e Jerez oloroso (vinho fortificado espanhol), espresso, caldo de cana e CO2 (gaseificado).

- 2º coquetel (quente), com tema Destilação da Cachaça: em parceria com o Templo da Cachaça, Léo utilizou um blend de duas cachaças: Maria Teresa, envelhecida em barril de carvalho, e Trivisan, cachaça envelhecida em jequitibá (madeira brasileira), xarope de melado com açúcar refinado, café especial coado e cajuína destilada a frio acentuada no ácido lático, servido num copo especial em formato de destilador.

- 3º coquetel (Irish Coffee), com tema Envelhecimento em madeira brasileira: bourbon de Kentucky finalizado em madeira de amburana, whiskey nacional, xarope de melado com maple, creme e café especial coado.

 

- Cafés especiais: para seus coquetéis, Leo levou dois cafés torrados pelo Lucca Cafés. Para o coquetel quente e Irish Coffee, ele utilzou um café Catuaí Vermelho iac 99, produzido em Patrocínio (MG) pelo produtor Gabriel Nunes – um café encorpado com notas de uva e jabuticaba, preparado na versão coada. Para o coquetel frio, Leo usou um café Arara Alta Mogiana de Ibiraci, produzido na fazenda Nossa Senhora Aparecida, com acidez pronunciada e notas de maracujá e guaraná, extraído no espresso.

 

(foto: Dargel Rodrigues)

 

Mais informações

Leo Oliva: https://www.instagram.com/leoliva.barista/

Daniel Munari: https://www.instagram.com/dnmunari/

Emerson Nascimento: https://www.instagram.com/emersonbarista1/

Associação Brasileira de Cafés Especiais - BSCA: https://www.instagram.com/bsca_specialtycoffee/